O nível do Rio Parnaíba em Teresina deve se manter em atenção nas próximas horas enquanto o do Rio Poti deve diminuir, é o que mostra informações do último boletim do Sistema de Alerta de Eventos Críticos(Sace) divulgado pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) na tarde desta terça-feira (4).

Segundo o órgão, o nível atual do Parnaíba na capital está na casa dos 516 cm, mas deve chegar aos 535cm por volta das 21h, próximo dos 550cm da cota de alerta, mas ainda distante do limite para inundação, que é de 687cm. Já o Poti deve reduzir de 365cm para 349cm por volta das 22h.

“O que vai acontecer é que vai se aproximar da cota de alerta, mas ainda vai ficar distante da cota de inundação [...] o Rio Parnaíba está subindo, mas o Rio Poti está descendo, então a tendência é que não tenhamos problemas nem risco de inundação a curto prazo”, explicou Roberto Fernandes, engenheiro hidrologo do CPRM

Em Teresina, a Defesa Civil Municipal estima que ao menos 230 famílias estão desabrigadas por conta dos alagamentos causados pelas últimas chuvas, sendo que destas, 30 precisaram ser realocadas em abrigos estruturados em escolas públicas municipais. 

Floriano
Apesar da tendência de leve redução e estabilização abaixo da cota de inundação, Floriano ainda segue sendo monitorada com atenção pelo CPRM. Isso porque mesmo com a perspectiva de que o nível do Rio Parnaíba, atualmente 828cm, caia para a casa dos 828cm, o índice ainda se mantém próximo aos 898cm da cota de inundação.

“Ainda é nossa maior preocupação, Floriano é quem está mais próximo da cota de inundação e porque temos uma vazão grande sendo liberada da barragem. Então se tivermos uma grande chuva na região, ainda corre o risco da situação se agravar, por isso é importante que a cidade continue mobilizada”.

Ontem (3) o órgão chegou a emitir um alerta de inundação em Floriano, o que acabou se confirmando e desabrigando 20 famílias. A previsão ainda temia piora do cenário, após a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) anunciar o aumento da vazão na Barragem de Boa Esperança, o que não ocorreu. 

Fonte: CidadeVerde