Duas das sobreviventes do acidente envolvendo o advogado Marcus Vinicius de Queiroz Nogueira prestaram depoimento nesta quinta-feira (16), no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Elas são filhas de Raimundo Nonato da Silva Oliveira, 53 anos, que morreu durante a colisão. Uma delas, Aline Oliveira, mãe do bebê que ficou gravemente ferido, fez um desabafo em tom de tristeza e revolta.
"Todo esse momento, tudo o que a gente está passando é algo também revoltante. É saber que a Justiça precisa ser feita, mas que as pessoas estão olhando com uma naturalidade muito grande. Quando uma pessoa mata alguém ou tira a vida de alguém, precisa estar atrás das grades e não em liberdade. Ele cometeu um crime e precisa se responsabilizar pelo crime que cometeu", desabafa Aline Alves de Oliveira.
Em entrevista à TV Cidade Verde, ela também fez um desabafo sobre a dor pela situação da filha, um bebê de oito meses que está há quase duas semanas internado na UTI por causa do acidente no último dia (02), no cruzamento das avenidas Higino Cunha e Odilon Araújo, no bairro Piçarra, em Teresina.
"É muito doloroso! é saber que você perdeu o seu pai da forma que foi, saber que ele não volta mais, saber que minha filha está na UTI em estado muito grave, porque ela teve traumatismo craniano, e não saber quando ela sairá dali, se sairá com vida. Aí só Deus sabe", completa a sobrevivente.
Alice Alves de Oliveira, irmã de Aline e segunda sobrevivente, fez pedidos por Justiça e também demonstrou inconformismo pela soltura do suspeito que, um dia após o caso, foi liberado após pagamento de fiança de R$ 15 mil.
"É muito doloroso, é muito triste reviver tudo aquilo que aconteceu. Eu perdi o chão porque perdi meu pai! ele eu sei que não volta mais! o sentimento é de Justiça porque uma pessoa que cometeu um crime, que foi matar meu pai, pagou uma fiança e tá aí solto. Isso é injusto, muito injusto! se fosse uma pessoa de nível inferior a ele, com certeza estaria preso. O pedido é só de Justiça, que a Justiça possa ser feita, que tudo posssa correr o mais rápido possível, que acabe com isso! não é fácil! é muito doloroso pra nós da família, pra gente que estava com meu pai no dia e que sofremos també, reviver tudo isso e saber que minha sobrinha continua na UTI", desabafou Alice Oliveira.
AÇÃO DE REPARAÇÃO
Um dos advogados da família informou que ingressará com uma ação de reparação de danos para manutenção da família com alimentação, medicação, entre outros, uma vez que o pai delas, Raimundo Nonato da Silva, era o provedor da família.
RECONSTITUIÇÃO
Nesta semana foi realizada a reprodução simulada dos fatos que vai apurar, entre outros quesitos, se o advogado invadiu o sinal vermelho e se estava acima da velocidade permitida para a via.
Fonte: CidadeVerde
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