Marina Silva, ex-senadora e candidata à Presidência da República é um dos exemplos mais sólidos de personagens políticos que costumam desaparecer da cena assim que as eleições terminam e, obviamente, não se tem êxito. Não se sabe ao certo se é uma tática para se blindar do desgaste que uma eleição produz ou apenas o fantasma do ostracismo que bate outra vez à porta.
Verdade seja dita: esse tipo de comportamento atrapalha bastante a imagem do candidato junto ao eleitorado. A imagem que temos de Marina Silva é de que ela só aparece quando vai se candidatar e só. Assim como Mum-Ra, do ThunderCats, depois de perder a batalha, a política ambientalista volta para seu sarcófago no Acre (ou seja lá onde ela mora).
Em Floriano, a realidade não é diferente da esfera nacional. Afinal, por onde andam os postulantes ao cargo de prefeito de Floriano das últimas eleições? Analisamos a partir de agora o perfil de cada um dos nomes colocados nas fileiras da oposição municipal e que disputaram (ou não), as últimas eleições para prefeito de Floriano.
Claudemir Rezende, o Bilu: Candidato pelo PMDB, mesmo com pouco tempo de espaço na propaganda eleitoral, conseguiu criar um movimento oposicionista e se apoiou em um discurso direto prometendo desde fábrica de asfalto até aumentos exorbitantes de salários. A tática foi boa, mas o discurso utópico de salvador da pátria não convenceu. Hoje, Bilu continua trabalhando como açougueiro no mercado municipal. Muita gente não sabe, mas Bilu também é advogado e gosta muito de ler. O político passa o tempo livre com a família. Depois das eleições, deixou de usar as redes sociais (última postagem no Instagram foi em 17 de novembro de 2020);
Ana Cleide Monteiro: Por conta da pandemia, a política se isolou na sua residência na zona rural. A ex-vereadora sempre foi conhecida por ser oposição combativa e responsável. Mas depois de um tempo fora no cenário político, o retorno é sempre difícil. E esse retorno aconteceu muito tarde, pois ela foi “escolhida” como candidata do candidato. Lembram disso? Ana Cleide substituiu Avelino Neiva, após desistência do mesmo. Sem tempo para gastar “sola de sapato”, sua campanha até empolgava, mas não decolou. Esse foi um dos problemas que seus correligionários apontam como ponto "negativo" na campanha: poderia ter "batido perna", mas a pandemia dificultou. Hoje, Monteiro posta uma coisa ou outras em suas redes sociais.
Mauricio Bezerra: Antes pupilo de Joel Rodrigues e apontado por alguns como seu sucessor natural, o ex-vereador não chegou a ser candidato. Foi traído pelo próprio partido, após um golpe que lhe tirou do páreo. Toda essa novela aconteceu no último dia de convecção partidária. No decorrer da campanha, Mauricio manteve uma postura neutra e já no fim, decidiu apoiar o atual prefeito. Pós-eleições, Bezerra reassumiu seu cargo como servidor público no IFPI e atualiza as redes sociais com viagens com a família, jogos de futebol (sua paixão) e a vida na chácara pescando ou cuidando de animais.
O que isso significa? Bem, que provavelmente eles estarão de volta nas próximas eleições. Para ser mais preciso: um ano antes começarão a pagar veículos de comunicação e comunicadores para criar factoides políticos e assim criar a falsa sensação de que a oposição sempre esteve fiscalizando a gestão atual. A grande verdade é que em Floriano não existe oposição. São apenas egos se digladiando para saber quem ficará em segundo lugar, novamente. Mas, gostaria de frisar que, aquele que pegar para si, a partir de agora a liderança de um movimento oposicionista poderá unificar ou criar um movimento legitimo, coeso e integral assim como o atual gestor tem. Lembrem-se: o prefeito não é o grupo. É o grupo que faz o prefeito.
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