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Polícia Civil prende jovem tetraplégico suspeito de aplicar golpes virtuais

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Um jovem tetraplégico, identificado como Francisco Walisson Nunes da Silva, foi preso pela Polícia Civil do Piauí na última quinta-feira (29) durante os trabalhos da operação X, deflagrada pela Delegacia de Repressão aos Crimes de informática. Segundo as investigações, o jovem aplicava golpes através da internet, oferecendo falsos serviços de pai de santo e hacker.

A investigação iniciou ainda no ano de 2020 quando a Polícia Civil identificou que um cidadão da zona norte de Teresina estava praticando golpes on line. Foram feitas diligências policiais e identificado o responsável pela engenharia criminosa, bem como o patrimônio obtido por meio do crime, que ultrapassa a marca de R$ 2 milhões. 

"O golpe consistia no principal investigado, ao se apresentar em redes sociais como suposto hacker e até mesmo suposto “pai de santo” para oferecer “serviços” a suas potenciais vítimas. Falsa promessa, porque esses serviços nunca eram realmente prestados, segundo os relatos das vítimas. Pois ele bloqueia as vítimas logo após receber pagamentos em dinheiro. Foram identificadas vítimas nos 27 estados da federação.” explicou o Delegado Anchieta Nery, titular da DRCI,

Ainda de acordo com a Polícia, Francisco Walisson se autointitulava pela alcunha de "Branco" e se associou a diversos familiares que o auxiliaram na prática do crime de estelionato e na posterior lavagem do dinheiro obtido como proveito dos golpes. Todos os investigados confessaram a prática dos crimes em interrogatório policial.

Na deflagração da Operação “X”, foram deferidos três mandados de prisão temporária, inclusive contra a mãe de Branco, 01 cautelar diversa da prisão, 05  mandados de busca e apreensão, e o sequestro de bens obtidos como proveito do crime – imóveis, veículos, demais ativos financeiros. 

Até dezembro de 2020 essa associação criminosa obteve em torno de R$2 milhões (diretamente com o golpe. “A Polícia Civil tem se especializado no ataque ao patrimônio de associações criminosas que praticam crimes financeiros. A Operação “X” é mais um passo no desenvolvimento dessa metodologia de trabalho.” Afirmam os Delegados Matheus Zanatta e Yan Brainer, que participaram dos trabalhos investigativos.

Branco assinou uma medida cautelar que o proíbe de manter contato com as vítimas ou criar novos perfis nas redes sociais. A mãe do jovem também foi solta para cuidar do filho. 

O trabalho de investigação continua. A Polícia Civil trabalha agora para identificar as vítimas do golpe.

Fonte: https://cidadeverde.com/

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