O surto de cólera declarado em Angola em 7 de janeiro causou a morte de 51 pessoas até o momento, incluindo três óbitos nas últimas 24 horas, com 64 novos casos registrados, totalizando 1.280 casos, conforme o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde.

Dos 64 novos casos, 29 ocorreram na província do Bengo, que ultrapassou Luanda (26 casos) e os restantes nove casos foram na província do Icolo e Bengo. As mortes também ocorreram nessas províncias, com 200 pessoas atualmente internadas com cólera.

A distribuição dos casos em Angola é a seguinte: 845 em Luanda, 225 em Icolo e Bengo, 201 no Bengo, 4 em Huambo, 3 em Malanje e 2 na Huíla. As idades dos afetados variam de 2 a 100 anos.

Os 51 óbitos foram registrados em Luanda (34), Bengo (10) e Icolo e Bengo (7). O grupo etário mais afetado é o de 2 a 5 anos, com 214 casos e 10 óbitos, seguido pelo grupo de 10 a 14 anos, com 170 casos e três óbitos.

A cólera está associada a deficientes condições de saneamento básico e abastecimento de água. O Ministério da Saúde recomenda que pessoas com sintomas de vômitos e diarreia líquida procurem uma unidade de saúde, bebam muita água fervida ou tratada com cinco gotas de lixívia e preparem soro caseiro (um litro de água fervida ou tratada com duas colheres de sopa de açúcar e uma colher de chá de sal).