Uma estudante do curso de Administração da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), no campus de Picos, denunciou um professor da instituição, identificado apenas pelas iniciais N. de M. B., por assédio sexual. Após relatos de abordagens frequentes em sala de aula e ligações telefônicas insistentes, a estudante registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia Civil de Picos, onde o caso vem sendo investigado. Segundo a denúncia, a aluna inicialmente acreditava tratar-se de um mal-entendido, mas, com o aumento das abordagens, o desconforto aumentou. “Comecei a ter aulas com o professor na disciplina de Fundamentos Históricos da Administração. Desde o início, ele fazia perguntas e tentava interagir comigo frequentemente. Mudei de lugar, achando que era impressão minha, mas as abordagens continuaram, causando desconforto”, relatou. A situação escalou em 19 de setembro de 2024, quando a estudante recebeu seis chamadas de um número desconhecido, cinco delas perdidas e uma atendida. “Ao atender, ele se identificou, dizendo que havia obtido meu número com uma colega de sala e começou uma conversa estranha”, disse a jovem.
Sentindo-se insegura, a estudante compartilhou o ocorrido com outra colega, que também relatou experiências semelhantes com o mesmo professor e a aconselhou a comunicar o caso à instituição. A estudante, então, procurou apoio psicológico na UESPI, onde foi orientada a informar sua família e acionar as autoridades da universidade.
Após tomar conhecimento, a família da estudante entrou em contato com a direção do campus, que prontamente afastou o professor para apurar as acusações. O caso foi formalmente denunciado à Delegacia de Polícia Civil de Picos há cerca de 10 dias.
Em nota oficial, a UESPI manifestou repúdio a qualquer comportamento que atente contra a dignidade humana e comprometeu-se a apurar o caso. A universidade também anunciou que promoverá debates acadêmicos sobre o tema do assédio, visando conscientizar a comunidade universitária.
As investigações seguem em curso e, até o momento, o professor permanece afastado enquanto a instituição e as autoridades avaliam os próximos passos.
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