Do total de 13 pesquisas registradas no PesqEle, dez (10) foram contratadas por empresas que sabidamente são prestadores de serviços ou tem fortes ligações com o Governo do Estado do Piauí e, consequentemente, estão ligadas ao candidato petista, suplente de deputado estadual, Marcus Vinicius Kalume (PT).
São jornalistas, assessores da presidência municipal do Partido dos Trabalhadores e empresas de fachadas que têm sido usadas de maneira sistemática em uma avalanche de informações que confunde o eleitor.
O caso mais curioso está relacionado a Luís Reis da Silva, amigo pessoal do Presidente Municipal do Partido dos Trabalhadores, Geufran Rafael, e que possui cargo de diretor no mesmo local onde seu amigo é coordenador, no Espaço da Cidadania. Luís Reis, através de sua empresa, a INFORMARTICA LTDA / LR INFORMATICA contratou quase vinte mil reais em pesquisas com vários institutos (Datamax, IPPI e Credibilidade).
Pesquisa não divulgadas
E esse investimento não é nada barato. Pelo contrário, em um levantamento rápido, foram quase 70 mil reais (R$ 64.000,00) contratando pesquisas, algumas nunca divulgadas e a grande maioria impugnada pela justiça eleitoral por gravíssimos erros. Mas a pergunta que a população de Floriano quer respondida é: Qual o motivo de tantas pesquisas?
Somente uma dessas empresas, a 4 AS Soluções Empresariais, que tem como proprietário o jornalista Renato Montanha, contratado ano passado pela TV Meio Norte, grupo conhecidamente bem remunerado com recursos públicos estaduais, contratou 4 pesquisas eleitorais para Floriano. Outro jornalista ligado ao Governo do Estado, Ieldson Vasconselos, dono da Estação I Estúdio Criativo LTDA, contratou o Instituto Credibilidade para realizar pesquisa em Floriano. Esse mesmo instituto foi contratado pela empresa Centro de Treinamento Humano Ltda, cujo sócio é Helder Eugênio do Grupo 180 graus.
Com tantos cálculos estatísticos, o resultado é sempre benéfico ao candidato do Governador. Muito provavelmente nem Montanha nem Ieldson não saibam sequer onde fica Floriano. Então, qual seria o interesse na vultosa destinação de dinheiro para a contratação exagerada de tantas pesquisas? Essa resposta, o eleitor de Floriano já tem. E é bem diferente da conta feita por esses institutos de pesquisas.
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