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Luar do São João fica em 3º lugar no Festival de Quadrilhas Juninas da Globo 2024

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A piauiense Luar do São João ficou em terceiro lugar na fase regional do Festival de Quadrilhas Juninas da TV Globo, realizado no sábado (22) no Recife (PE). Ela disputou com nove quadrilhas representantes dos outros oito estados do Nordeste.

Bicampeã em 2019 e 2023, a junina apresentou na edição deste ano o espetáculo "O Jumento de Tróia", uma releitura inspirada no mito do Cavalo de Tróia. O evento foi gravado e será exibido na TV Globo em 30 de junho, após o Fantástico.

O primeiro lugar ficou com a pernambucana Raio de Sol, de Olinda, que apresentou o tema "A engrenagem que nos move", em homenagem à obra do Mestre Saúba.

Também de Pernambuco, a vice-campeã Lumiar encenou o espetáculo "Cheirosas", em reverência à tradição do banho de cheiro de Belém (PA).

Além das três primeiras colocadas, as seguintes quadrilhas juninas participaram da competição:

  • Amanhecer no Sertão (Alagoas), com o tema "Bróduei, a esquina do mundo também é aqui" e 120 integrantes;
  • Balão Dourado (Rio Grande do Norte), com o tema "A nordestina feira dos mitos" e 120 integrantes;
  • Pioneiros da Roça (Sergipe), com o tema "Incandeia — um facho de luz que cega e clareia o mundo de João" e 160 integrantes;
  • Arraiá Zé Testinha (Ceará), com o tema "São João dos Cangaceiros" e 105 integrantes;
  • Moleka 100 Vergonha (Paraíba), com o tema: "A graça não é de graça!" e 170 integrantes;
  • Forró do ABC (Bahia), com o tema "Zambiapunga — a artimanha nordestina de lidar com a morte" e 110 integrantes;
  • Flor de Mandacaru (Maranhão), com o tema "Terra, vida e esperança" e 170 integrantes.

Durante o festival, as quadrilhas foram avaliadas por um júri especializado nos seguintes critérios: coreografia, figurino, casamento, repertório musical, entre outros.

Segundo o diretor da quadrilha Luar do São João, Ramon Patrese, o espetáculo "O Jumento de Tróia" conta uma história de paz e união no Nordeste brasileiro.

"O espetáculo subverte a narrativa original, promovendo a reconciliação e celebrando a identidade cultural da região através de música, dança, teatro e figurinos vibrantes, para exaltar o Reinado Mimbó, referência ao Quilombo Mimbó da cidade de Amarante (PI), e o presente pela paz e pela fé que será representado pelo Jumento de Troia", explicou.

O enredo nasce a partir do sequestro de Helena que representa a Noiva Junina, em pleno dia de coroação da sua mãe, a Rainha Junina do espetáculo.

Helena e sua mãe pertencem ao Quilombo Mimbó. Naquele momento aconteceria a coroação da Rainha de Mimbó, a Rainha Tróia. Não sabia a rainha que sua coroação seria interrompida pela sequestro da sua filha pelos temidos cangaceiros do Bando de Espinhos de Sangue, o reino do Cangaço nordestino.

Abatidos, a Rainha Troia e seu povo reúnem forças para o resgate e, recebem ajuda de vários reinos da região que têm animais nordestinos como símbolo.

Porém, ali o jumento nordestino permanece rejeitado. O desafio está lançado, como penetrar nas muralhas intransponíveis do Bando de Espinhos de Sangue e resgatar Helena?

"A fé que rompe barreiras, o presente com base na fé cristã dos cangaceiros, o jumento um animal considerado sagrado por ter conduzido Cristo para Jerusalém. O Quilombo Mimbó, em sinal de trégua, entrega um grandioso presente, um Jumento de palha e só assim os cangaceiros baixam a guarda e abrem o acesso das muralhas. Em seu ventre, a Rainha Troia e suas guerreiras estão prontas para a batalha. Todavia, suas armas são outras, a guerra nós vencemos com Amor e Alegria, somente a redenção será instrumento de vossa paz", relata Ramon.

G1 Piauí

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