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Empresário acusado de introduzir medicação abortiva em mulher vai a júri

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O empresário Everlando Alves dos Santos, conhecido por Vevé, vai a júri popular nesta quinta-feira (20). Ele é acusado de provocar aborto, sem consentimento, em Lucineide Alves dos Santos, mulher com a qual mantinha um relacionamento casual. O crime teria ocorrido em 2014, em um motel na cidade de Parnaíba, no litoral do Piauí. 

O julgamento será realizado na 1ª Vara Criminal da Comarca de Parnaíba. A vítima relatou, em depoimento à época, que estava grávida de dois meses e foi ameaçada. "não aceitou, ficou enfurecido e disse que tinha que fazer um aborto". 

Diante da recusa, dias depois ele a teria procurado dizendo que “estava se acostumando com a ideia de ser pai” e a convidou para irem à cidade de Parnaíba, onde ocorreu o aborto em um motel. Antes de chegarem ao local, a vítima conta que o empresário parou próximo a um bar e desceu com um envelope, provavelmente, com dinheiro para a compra de remédios abortivos. 

"Colocou as pernas da depoente no pescoço e passou a introduzir algum objeto na vagina da depoente [...] dizia que era um gel [...] usou a força para introduzir na vagina [....] foram três vezes [...] foi até o banheiro, pois não estava se sentido bem e quando chegou lá percebeu que estava sangrando", disse a vítima durante depoimento. 

A confirmação que a vítima havia perdido o bebê ocorreu no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda), em Parnaíba. 

O Ministério Público do Estado do Piauí denunciou Everlando Alves dos Santos por provocar aborto, sem o consentimento da gestante, crime que prevê pena de reclusão de três a dez anos, cumulado com o art. 61, inciso II, alínea f, do Código Penal (agravante da pena por ter o agente cometido o crime prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade, ou com violência contra a mulher.

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