Até onde os ataques adversários podem ser considerados políticos e não preconceituosos com a primeira mulher prefeita em Barão de Grajaú? Eleita com 50,54% dos votos, Claudimê Lima, tem sentido na pele como o machismo e misoginia tentam influenciar o voto do eleitorado. Nas últimas semanas, temos visto que as eleições na cidade de Barão de Grajaú não são para amadores. Pelo contrário! Mas jogadas políticas que tentavam livrar o ex-prefeito Gleydson Resende da reprovação de contas parecem ter sido em vão, tanto pela reprovação das contas do ex-gestor no TCE-MA, como pela reprovação do eleitor que viu nessa manobra o tipo de politicagem que o grupo do ex-mandatário fez e continua fazendo.
Bem, mas o queremos abordar aqui é uma outra questão que vai muito além da política, até porque sabemos que nenhuma gestão é perfeita e há problemas sim no governo da prefeita Claudimê, mas que se formos observar sem paixões, o município evoluiu muito nesses últimos três anos com investimentos na infraestrutura, saúde e educação. Então, se é visível o trabalho que a primeira mulher eleita fez em três anos, porque os ataques adversários beiram o desespero e chegam até às vias pessoais?
Estaríamos diante de um caso clássico de machismo enraizado em nossa sociedade? Sim! Este é o velho cenário onde mulheres não podem ocupar espaços de poder e, se o fazem, são desqualificadas ou tem seu nome jogado à lama. Um tipo de misoginia disfarçada de discurso político pra sermos mais diretos. Só que para aqueles que não estão cientes, trazemos um dado importante para ser analisado. O eleitorado de Barão de Grajaú é constituído em sua maioria por mulheres, elas são mais de 50%.
E para os mais experientes, essa metralhadora de críticas e fake news que o grupo do ex-prefeito tem se empenhado a qualquer custo a compartilhar, pode ser um verdadeiro tiro no pé. Afinal, quando você mira ataques e ofensas a uma mulher, você não ofende apenas o alvo, mas sim todas elas. É preciso analisar bem as escolhas que serão feitas e como se dará a campanha política de Barão de Grajaú. E aqui existem duas opções: Se o eleitor vai querer ver propostas, realizações e resolução de problemas e virar a páginas para baixeza e vilania desmedida ou irá escolher a baixaria e degradação moral com requintes de deboche misturada com raiva e ódio gratuito. Barão não é mais uma cidadezinha onde coronéis são reis. É uma cidade com quase 20 mil habitantes, onde os eleitores cobram muito pouco para seus administradores. E há os que preferem seguir em frente ou alguns gatos pigados que preferem viver na perversidade de um mundo administrado apenas por homens.
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