A arma do soldado da PM Agamenon Dias Freitas Júnior, assassinado no último domingo (04) em um posto de combustível na Avenida dos Expedicionários, foi enterrada numa área alagadiça no bairro São João, próximo à sede do MDB, na zona Leste de Teresina.
A informação foi repassada à imprensa pelo delegado Francisco Barrêta, coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
"Eles moram todos naquela área, do São João e da Vila Mandacaru. A arma estava enterrada numa região alagadiça. Eles usaram bastante óleo na arma e envolveram num saco plástico para proteger a arma da degradação", analisou.
Além da arma, a polícia apreendeu com um dos suspeitos do crime, seis bicicletas esportivas roubadas.
Bicicletas apreendidas
Na residência de um dos suspeitos de participar da morte do soldado da PM foram apreendidas seis bicicletas esportivas. A polícia investiga se todas as bicicletas são produtor de roubou ou furto.
"São bicicletas caras, que podem ter sido tomadas de assalto quando seus prioritários estavam se exercitando. Uma das vítimas já esteve aqui. Reconheceu o bem e trouxe a nota fiscal comprovando a propriedade. Apuramos aqui que uma das bicicletas custa R$ 25 mil", disse.
As vítimas desse tipo de crime podem procurar a sede do DHPP, portando a nota fiscal do produto e documentos pessoais, para verificar de são proprietários de uma das bicicletas recuperadas.
Inquérito da morte do PM deve ser concluído em 10 dias.
A equipe do DHPP sudeste segue trabalhando no inquérito.
"A autoria está elucidada. Agora trabalhamos para robustecer o inquérito com as provas. Os vídeos são muito claros, nele é possível determinar a participação de cada um. Mas temos 10 dias para concluir e vamos usar esse prazo para anexar todas as provas e facilitar a vida dos promotores e, também, para que a defesa não possa dizer que o inquérito generaliza a participação de cada um deles", finalizou.
DHPP elucidou dinâmica do crime
A dinâmica da morte do soldado da Polícia Militar, Agamenon Dias Freitas Junior, já foi esclarecida pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O soldado Freitas foi morto na madrugada do último domingo (04), em um posto de gasolina na Avenida dos Expedicionários, na zona Sudeste de Teresina.
Segundo apuração da Polícia Civil, o soldado estava na fila na loja de conveniência na companhia de um amigo, identificado como Ismael Rodrigues Araújo, para comprar uma batata frita quando se desentendeu com um menor, que furou a fila para comprar produtos na loja.
"Um dos menores apreendidos ontem furou a fila e o policial militar reclamou. Os amigos do menor intervieram e o PM fez menção de sacar a arma, que trazia na cintura e os agressores recuaram. O policial e o amigo então se dirigiram até o veículo do PM para deixar o local, quando foram alcançados e agredidos verbalmente. A briga evoluiu para agressão física", explicou o coordenador do DHPP, Francisco Barêtta.
O amigo do PM desmaiou no momento das agressões.
"Ele recebeu um mata leão e foi agredido com socos e pontapés e então desfaleceu. Ele disse em depoimento que não viu o momento dos disparos", informou.
O soldado da PM deu um tiro, antes de ser dominado pelos agressores.
"O soldado Agamenon conseguiu fazer um disparo, antes de ser dominado, o tiro acertou a perna da namorada do Tiago Rocha. Ele foi socorrida e já teve alta hospitalar, inclusive esteve aqui ontem para prestar depoimento", afirmou.
Tiago teria tomado a arma do policial e após as agressões atirado duas vezes contra o PM. Um dos tiros atingiu a cabeça e o outro a região lombar.
"Ele apanhou bastante, já estava desfalecido no chão, quando o Tiago pegou a arma dele e deu dois tiros no rapaz", explicou.
O delegado Francisco Barêtta explicou, ainda, que os agressores foram presos por homicídio qualificado, porque a intenção era matar o policial. O roupo dos pertences das vítimas aconteceu como consequência do homicídio. O policial teve a arma levada e o seu amigo, Ismael, teve dois aparelhos celulares subtraídos.
Fonte: Cidade Verde
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