Uma adolescente de 14 anos, que tem um bebê de quatro meses, confessou à mãe que engravidou após ser estuprada pelo padrasto. O próprio suspeito teria admitido para a mulher que cometeu a violência sexual contra a enteada. Ao saber do crime, a mãe da vítima se separou e denunciou o caso na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher no Piauí.
Em conversa com a mãe da adolescente, que se diz perplexa com tudo o que aconteceu. Ao descobrir a gravidez da filha, órgãos de proteção à criança e ao adolescente passaram a acompanhar o caso em segredo de justiça. A menina foi ouvida, mas não fazia menção aos abusos. Somente na semana passada os casos de estupro vieram à tona. O caso ocorreu na região Sul do Piauí, mas por medo, a família preferiu não citar a cidade.
Segundo o relato da adolescente à mãe, os abusos ocorriam há pelo menos dois anos.
“O Conselho Tutelar, CREAS, passaram a acompanhar a situação. Mas minha filha tinha outra versão para a gravidez, que era de um homem de nome Daniel, que nem existe esta pessoa. Na semana passada, eu descobri tudo após o meu ex-companheiro e minha filha relatarem o que tinha acontecido. Isso aconteceu após ele ter um forte ciúmes da minha filha ao ver ela chegando acompanhada em casa. Foi aí que ele abriu o jogo”, enfatizou a mãe.
A mãe então começou a questionar a filha porque ela não contou o que acontecia. A adolescente afirmou que foi seduzida e quando tentou sair ele a ameaçava.
“Ela revelou que inicialmente estava envolvida, mas após se dar conta da situação tentou sair e passou a sofrer ameaças. O meu ex-companheiro ameaçava que mataria ela e eu. Diante da descoberta me separei e agora estou esperando que a justiça possa ser feita”, pontuou.
A mãe da adolescente revelou que após ter conhecimento das supostas relações de estupro, ela e a filha foram até a Delegacia de Polícia Civil para adoção dos procedimentos cabíveis. Elas prestaram depoimento e aguardam o desenrolar das investigações.
Na última sexta-feira (26) foi coletada amostra de material genético na bebê para realização do Exame de DNA (identificação da paternidade). Ela reforça que espera que a justiça possa ser feita.
A mãe e o agora ex-companheiro começaram o relacionamento quando a filha tinha 12 anos e os abusos teriam iniciado pouco tempo depois.
“Eu comecei à me relacionar com essa pessoa e passamos a morar juntos. Desde os 12 anos, minha filha começou sendo assediada, seduzida por ele [relatos da adolescente]. A partir daí começou essa relação, vizinhos me alertavam que provavelmente estaria ocorrendo algo de errado na minha casa. Quando eu saía, os vizinhos relatavam que a porta da minha casa ficava trancada, mas nunca suspeitei de nada porque o meu ex-companheiro sempre tratou bem a minha filha”, disse a mãe.
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