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Bebê ficou mais de 5 horas no chão de matagal após mãe ser baleada no rosto

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A heroica resistência do bebê de quatro meses, abandonado em um matagal na cidade de Piripiri, distante a 178 km de Teresina, é de comover qualquer pessoa. Ele passou mais de 5 horas (das 20h30 de terça até 1h40 da madrugada de quarta-feira) no chão de um matagal, após sua mãe ser perseguida por criminoso e ferida com um tiro no rosto. A criança foi encontrada por um motoboy que ouviu o choro do bebê, no bairro Parque Recreio. A história sensibilizou a população e já tem pessoas buscando adotar a criança. 

O bebê não tem registro de nascimento e está em uma casa abrigo em Piripiri. O bebê foi encontrado deitado no chão, chorando e com vermelhidão pelo corpo, em um lugar ermo. 

“A mãe foi encontrada por volta das 21h baleada com tiro no rosto próximo a orelha e com dificuldade de falar. Ela disse que tinha um filho de quatro meses, mas não sabia onde tinha deixado. Fizemos buscas pela redondeza e não encontramos. Um motoqueiro ouviu o choro e acionou a polícia e lá encontramos a criança sem roupas, na grama, com a pele vermelha e chorando muito. Levamos para o hospital e lá foi alimentada e atendida”, disse o comandante da Policia Militar de Piripiri, coronel Valter Pinto.

“É um milagre ele está vivo e foi graças também a persistência de dois policiais. A sorte é que não choveu e não apareceu nenhum animal”, disse o comandante. 

No hospital, o bebê passou por uma bateria de exames. O diretor do hospital Gabriel Mauriz disse que a criança está bem e foi encaminhada à casa abrigo.

“Não houve comprometimento de nenhuma função do bebê, ele passa bem e mesmo no abrigo não precisou voltar para o hospital”, disse o diretor. 

Ele informou ainda que a mãe do bebê, uma jovem de 32 anos, levou um tiro no rosto e foi transferida para o Heda (Hospital Estadual Dirceu Arcoverde).

“Houve a necessidade da transferência porque ela precisa de uma análise neurológica, mas não havia risco de morte, seu quadro era estável”, disse o diretor do hospital.

A mãe da menina é de Pedro II e estava morando com um rapaz de Piripiri. Ela tem cinco filhos, segundo o conselho tutelar, que acompanha o caso. Devido a dependência química, ela já perdeu a guarda dos quatro filhos. O Conselho Tutelar confirmou que existem pessoas buscando a guarda do bebê, mas que depende de decisão judicial. 

A Polícia Civil investiga a tentativa de homicídio contra a mãe do bebê. Ela permanece internada no Heda sem risco de morte. 


Fonte: Cidade  Verde

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