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Quem é Lai Ching-te, presidente eleito de Taiwan que é contra unificação da ilha com a China

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Médico por formação, Lai deixou a profissão para entrar para a política. Foi o primeiro-ministro de Taiwan e é o atual vice-presidente da ilha.

O médico Lai Ching-te, também conhecido como William Lai, venceu a eleição presidencial de Taiwan neste sábado (13). Ele é vice-presidente da ilha desde 2020.

Lai faz parte de uma ala mais radical do Partido Democrático Progressista (PDP), que é favorável a independência de Taiwan. No entanto, segundo o jornal britânico The Guardian, o presidente eleito prometeu manter o equilíbrio com a China.

Mestre em saúde pública pela Universidade de Harvard, Lai começou sua vida política em 1994, quando ainda era chefe de residentes no Hospital Universitário Nacional Cheng Kung, em Tainan. Na ocasião, se tornou chefe de uma associação de médicos que apoiava um candidato do PDP na disputa pelo governo provincial de Taiwan.

Em 1996, ele abandonou a carreira médica e entrou para a política. Dois anos depois, em 1998, foi eleito representante de Tainan para o Yuan Legislativo —o equivalente ao parlamento taiwanês. Exerceu, ao todo, quatro mandatos consecutivos entre 1999 e 2010.

Ao longo dos mandatos, Lai adquiriu experiência diplomática e chegou a liderar delegações parlamentares em viagens ao Japão e aos Estados Unidos.

Em 2010, se tornou o primeiro prefeito do Município Especial de Tainan, cidade que nasceu da fusão do condado de Tainan e da cidade de Tainan.

Lai foi primeiro-ministro de Taiwan de 2017 a 2019, ano em que aceitou ser candidato a vice-presidente da ilha na chapa de Tsai Ing-wen pelo PDP. Ele assumiu o cargo em maio de 2020.

O partido de Lai é contrário à unificação de Taiwan com a China. Por causa disso, o presidente eleito é observado com atenção pela China Continental de Xi Jinping.

No período que antecedeu as eleições, a China denunciou repetidamente Lai como um separatista perigoso e rejeitou os seus apelos por diálogo. O Ministério de Defesa chinês afirmou nesta sexta-feira (12), um dia antes da eleição, que o Exército está em alerta e vai tomar todas as ações necessárias para "esmagar" qualquer plano de independência de Taiwan.

Em seu pronunciamento após a vitória, Lai disse estar determinado a "proteger Taiwan das ameaças e intimidação da China", afirmou que usará o diálogo no lugar do confronto e que está disposto a conversar com a China “com base na dignidade e na paridade”.

Fonte: G1.com

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