O governador Wellington Dias (PT) reafirmou nesta quinta-feira (28) que se o governo federal não sinalizar que vai adquirir mais 54 milhões de doses da vacina Coronavac, fabricada pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, os estados vão tomar a frente e negociar diretamente com o instituto a aquisição do imunizante.
“Se o governo disser que não vai comprar, já há uma disposição da parte do estados para que nós possamos comprar. Já manifestamos para o Butantan: se o governo federal não comprar, não venda para outro, os estados brasileiros estão dizendo que têm interesse na compra”, disse o governador em entrevista à TV Cidade Verde.
Ontem, o Instituto Butantan informou que se o Ministério da Saúde não sinalizar até o fim desta semana que irá adquirir o lote de 54 milhões de doses da vacina Coronavac, os imunizantes terão de ser exportados e não ficarão disponíveis para atendimento dos cidadãos brasileiros.
“Estamos pedindo para que se tenha por parte do governo brasileiro, a confirmação de compra, não de 46, mas de 100 milhões de doses, ou seja, comprar mais 54 milhões de doses. Estamos pedindo pra embaixada da China uma audiência, que está prevista para o próximo dia 5, onde o desejo é de ter o cronograma. Quando que entrega? O que entrega? Qual o número de vacina que será entregue em fevereiro, março, abril e maio? Só tem esse cronograma com a compra firme”, destacou o governador, que preside o Consórcio Nordeste e coordena as negociações com o governo federal pelo Fórum dos Governadores.
O governador destacou ainda que pretende ampliar a vacinação no estado em fevereiro. Atualmente, só profissionais de saúde estão recebendo a vacina, além de idosos em instituições. “Estamos aqui trabalhando para ampliar esta vacinação agora em fevereiro a uma condição de ter mais doses do que em fevereiro. Março e abril ampliar novamente para gente ter uma saída segura.
Decreto estadual
Wellington Dias falou sobre o decreto publicado esta semana que restringe o horário de funcionamento do comércio, bares, restaurantes e shoppings. Segundo ele, quase todos os estados do Nordeste já aderiram à medidas semelhantes.
“Já são sete estados do Nordeste que aderiram também a esse caminho das medidas. No Brasil já são 14 estados que estão adotando medidas. O objetivo é, preventivamente, cortar a transmissibilidade do coronavírus”, afirmou, ressaltando que o trabalho está sendo feito de forma integrada com os municípios.
“Vamos trabalhar de forma integrada. Fizemos aqui um decreto e apresentamos para o Comitê Ampliado, no qual esteve presente a representação dos municípios. Alguns municípios querem adotar medidas mais fortes, é possível. O decreto é uma base. Se tem uma situação particular de algum município, em que a realidade exige medidas ampliadas, isso também é possível”, disse o governador.
Não é o caso de Teresina, que anunciou nesta quinta que vai flexibilizar o decreto estadual.
O governador também comentou sobre o protesto realizado hoje por artistas e defendeu a volta de um auxilio para as categorias ligadas ao entretenimento, além de bares e restaurantes.
“Nós tivemos uma agenda com a representação dos artistas. Assim como a gente fez com a Lei Aldir Blanc, tratamos com o Ministério da Saúde e estamos pedindo auxílio financeiro voltados para estes setores mais atingidos”, finalizou.
Fonte: https://cidadeverde.com/
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