EXCLUSIVO! O Portal Oxen teve acesso com exclusividade ao alvará de soltura de Leonel Júnior com data de 26 de julho de 2013. O florianense é suspeito de movimentar 60 milhões de reais com seu parceiro Jhonatan Máximo em um esquema de pirâmide financeira, descrito pela Polícia Federal e Ministério Público Federal. Leonel e Jhonatan foram presos no dia 8 de dezembro do ano passado em uma Operação denominada “Stop Loss”.
A decisão é do juiz Agliberto Gomes Machado que determina na forma da lei a soltura imediata do réu que se encontrava detido na Casa de Custódia de São José dos Pinhais, no Estado do Paraná. Em liberdade, Leonel fica obrigado a comparecer mensalmente em juízo para informar e justificar suas atividades, também está proibido de manter contato em Jhonatan Máximo, além de estar proibido de se ausentar ou mudar de endereço sem comunicação prévia ao juizado. Tanto Leonel como Jhonatan foram condenados em 21 de julho deste ano, a 4 (quatro) anos e 2 (dois) meses de reclusão, mas por já ter cumprido parte da pena (7 meses e 13 dias), lhe restam 3 (três) anos, 6 (seis) meses e 17 (dezessete) dias de reclusão.
Segundo a PF, os suspeitos captavam economias de vítimas/investidores, justificando que iriam aplicar os recursos no mercado de valores mobiliários. "As investigações mostraram a captação de recursos de clientes [vítimas] por meio de fraude, com promessas de ganhos mensais de até 25% sobre o capital investido, para supostamente serem aplicados no Mercado Financeiro através de empresa não autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a captar recursos e realizar investimentos no mercado", informou a polícia. Conforme investigação, os suspeitos emitiram e ofereceram ao público valores mobiliários consistentes em contratos de investimento coletivo em nome de empresa de fachada, sem registro prévio de emissão junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e sem qualquer garantia às vítimas.
O inquérito policial foi instaurado em 2022 e apurou que o grupo arrecadou das centenas de vítimas espalhadas pelas cidades de Floriano, Picos, São Luís e Maceió o montante que ultrapassa R$ 60 milhões de reais.
"Além disso, restou demonstrado até o momento que os valores disponibilizados pelas vítimas/investidores para os criminosos variavam de R$ 5 mil a R$ 4,2 milhões, depositados em contas da empresa de fachada bem como diretamente nas contas pessoais de membros da associação, entre elas familiares e amigos dos investigados", descreveu a PF em nota.
Os envolvidos devem responder por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, Crime contra a Economia Popular, Associação Criminosa e Lavagem de Dinheiro. A operação contou com a colaboração do Ministério Público Federal (MPF), Coordenação-Geral de Repressão à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro da Polícia Federal (CGRC/PF) e da Polícia Civil do Piauí.
Stop Loss
O nome da operação, Stop Loss - "parar a perda" em tradução literal -, é uma referência ao mecanismo de proteção que pode ser utilizado para impedir a desvalorização antes que o preço de uma ação ou ativo semelhante continue a cair. Com isso, quando as aplicações atingirem o limite de perda programado pelo investidor, uma ordem de venda é enviada automaticamente.
Comentários (0)
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião desta página, se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.
Comentar