O cultivo de algodão na comunidade Abelha Branca, na zona rural de Paulistana, no semiárido piauiense, tem mudado a realidade de 28 famílias de agricultores que gerenciam uma associação que desenvolve essa cultura na região. O algodão tem o selo de produção orgânica e o projeto é desenvolvido em parceria com a empresa francesa Vert, para onde toda a produção é comercializada.
O acompanhamento para o selo de produção orgânica do produto é feito junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que acompanha por meio do sistema de certificação participativa, no qual uma comissão avalia o processo produtivo com os critérios de produção 100% orgânica.
A empresa faz o processo de acompanhamento técnico desde o preparo do solo, ao plantio até a colheita. Também é realizado o acompanhamento dos dados pluviométricos das chuvas na região. O produto tem um valor total de comercialização que custa R$ 17 por quilo, e que pode ter um acréscimo de R$ 5,80 por quilo de pluma, caso os agricultores cumpram todos os critérios avaliados para a certificação orgânica.
No ano de 2022, houve uma produção de 10 toneladas de algodão orgânico e a expectativa para este ano é de uma produção de mais de 15 toneladas. Toda a plantação é consorciada com milho, feijão, amendoim, gergelim e girassol para garantir, além da produção de algodão, a segurança alimentar dos produtores.
Combate a pragas e reaproveitamento do produto
Os agricultores convivem com a praga do bicudo-do-algodoeiro, um inseto que ataca as plantações. Para o combate, sem a utilização de agrotóxicos, os agricultores fazem a plantação nas primeiras chuvas da estação, entre os meses de novembro, dezembro e janeiro. Após a colheita, é realizado o vazio sanitário, que é o período contínuo de, no mínimo 90 dias, em que não se pode plantar e nem manter vivas as plantas de algodão da última safra. Para isso, se utilizam animais para consumir a folhagem e é arrancado o algodão, para cortar o ciclo da praga de um ano para o outro.
Dentro da produção do algodão orgânico, tudo acaba sendo aproveitado, como as sementes. Após o processamento para retirada do algodão, as sementes são utilizadas para produção de ração para animais, que funciona como suplemento nutricional para o período seco, o que proporciona economia para os agricultores.
Fonte: Governo do Estado do Piauí
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