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Brasileiros eram principais alvos de golpe na Espanha que prometia a jovens futuro no futebol

Vítimas eram mantidas em casas superlotadas e com pouca comida. Onze pessoas de duas redes criminosas foram presas.

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A polícia da Espanha anunciou nesta terça-feira (11) a detenção de 11 pessoas que operavam duas redes que deram golpes em dezenas de famílias estrangeiras, em particular brasileiras, com ofertas para tornar seus filhos "jogadores de futebol profissionais de elite" em troca de milhares de euros.

Os dois grupos criminosos, independentes um do outro, administravam escolinhas de futebol que recrutavam jovens de alta renda no exterior com "falsas promessas de os tornarem jogadores profissionais de destaque", com ofertas de alojamento e de fazer a documentação para permissão de residência na Espanha, informou a polícia em um comunicado.

Para isso, as famílias precisavam fazer um primeiro pagamento de € 5.000  (R$ 27.500) e depois pagar mensalmente entre € 1.500 e € 1.700  (entre R$ 8.200 e R$ 9.300).

"As duas organizações deixavam os jovens em condições deploráveis durante os 90 dias de permanência no país como turistas, já que os procedimentos de imigração não eram admitidos ou eram negados, o que obrigava os jovens enganados a retornarem a seus países", explicou a polícia.
As autoridades iniciaram a investigação ao receber a denúncia de um jogador que foi vítima de fraude em uma escolinha de futebol em Granada, cidade ao sul da Espanha.

Condições precárias
Os investigadores encontraram "30 jovens estrangeiros de várias origens, a maioria brasileiros, com idades entre 16 e 23 anos", alojados em duas casas alugadas por uma escolinha de futebol.

Na outra escola, também em Granada, a polícia encontrou 40 jovens, a maioria vinda do Brasil, alojados na casa de um dos diretores.

Nos dois casos, os jovens estavam "em condições de superlotação e com pouca comida", afirma o comunicado.
Os processos de imigração para regularizar a situação dos jovens "acabavam sempre não aceitos para tramitação ou negados, pois em quase todos os casos a documentação apresentada estava incompleta ou fora do prazo", segundo a polícia.


Fonte: G1.com

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