O Reino Unido enfrentará a maior greve de profissionais da saúde de sua história nesta segunda (6), quando dezenas de milhares de enfermeiros e trabalhadores de ambulância aderirem à greve em meio a uma crescente disputa salarial com o governo britânico, o que significa mais perturbação para um sistema de saúde já sobrecarregado.
Enfermeiros e trabalhadores de ambulância têm feito paralisações separadamente desde o final do ano passado, mas a greve prevista para segunda-feira (6), envolvendo ambos, principalmente na Inglaterra, representará a maior na história de 75 anos do Serviço Nacional de Saúde (NHS).
Os trabalhadores da saúde estão exigindo um aumento salarial alinhado à pior inflação em quatro décadas no Reino Unido, enquanto o governo diz que isso seria insustentável e causaria mais aumentos de preços que, por sua vez, fariam as taxas de juros e as parcelas de hipoteca subirem ainda mais.
Cerca de 500 mil trabalhadores, muitos do setor público, têm realizado greves desde o verão europeu no ano passado, aumentando a pressão sobre o primeiro-ministro, Rishi Sunak, para resolver os conflitos e limitar a interrupção dos serviços públicos, como ferrovias e escolas.
Quando perguntado pela Sky News se as greves colocariam vidas em risco, o ministro de Negócios, Grant Shapps, disse que estava "preocupado que sim" devido à falta de cooperação entre os serviços de apoio, como o Exército, e aqueles trabalhadores que estão em greve.
O sindicato de enfermeiros "afirmou com muita responsabilidade ao NHS que aqui é onde vamos entrar em greve e que eles conseguem colocar o atendimento de emergência em vigor. Infelizmente, temos visto uma situação com os sindicatos de ambulâncias onde eles se recusam a fornecer essa informação", disse Shapps.
Os trabalhadores de ambulância negaram a acusação de Shapps.
Sharon Graham, a líder do sindicato Unite, disse à BBC neste domingo que quer que Sunak vá à mesa de negociações, acusando o governo de mentir sobre os trabalhadores de ambulância. "Este governo está colocando vidas em risco", disse ela.
Fonte: Agência Brasil
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