Cinco ex-policiais da cidade de Memphis, nos Estados Unidos, foram presos nesta quinta-feira (26) acusados pelo homicídio de Tyre Nichols, um homem negro que morreu três dias depois de ter sido parado no trânsito quando dirigia.
Em 7 de janeiro, Nichols, um pai de 29 anos, foi parado por cinco policiais. Durante sua prisão, ele sofreu ferimentos e, três dias depois, morreu em um hospital.
Os cinco policiais foram demitidos e, agora, foram presos.
Além do processo por homicídio, eles enfrentam duas acusações de má conduta, uma acusação de agressão agravada e duas acusações de sequestro agravado.
O Departamento de Polícia de Memphis afirmou que os nomes deles são Tadarrius Bean, Demetrius Haley, Emmitt Martin III, Desmond Mills Jr. e Justin Smith. Cada um serviu no departamento de polícia por cerca de 2 anos e meio a cinco anos.
Outros policiais de Memphis permanecem sob investigação por infrações de conduta, disse o chefe da polícia de Memphis, Cerelyn Davis.
"Espero que você sinta o que a família Nichols sente. Espero que você se sinta indignado com o desrespeito aos direitos humanos básicos, espero que nossos cidadãos exerçam seu direito da Primeira Emenda de protestar, exigir ação e resultados, mas precisamos garantir que nossa comunidade esteja segura neste processo”, disse ela.
A família Nichols viu as imagens gravadas pelos uniformes dos policiais na segunda-feira, com seu advogado, Ben Crump. Ele comparou o espancamento ao ataque policial de Los Angeles em 1991 a Rodney King, que foi capturado em vídeo e gerou protestos e reformas policiais.
"Ele estava indefeso o tempo todo. Ele era uma piñata humana para aqueles policiais", disse Antonio Romanucci, co-advogado de Crump (piñata é uma espécie de brinquedo que as crianças precisam quebrar, no interior dela geralmente há doces).
As últimas palavras ouvidas no vídeo foram Nichols chamando por sua mãe três vezes, disse Crump.
Fonte: G1.com
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