O estoque de insumos e medicamentos em Teresina ainda está comprometido pela falta de produção ocasionada, principalmente, pela pandemia da Covid-19 que teve início em 2020. O presidente da Fundação Municipal de Saúde, Gilberto Albuquerque, alerta que a possibilidade de um novo pico da doença eleva os riscos de desabastecimento. Na Capital já foi confirmado um aumento de 288% dos casos confirmados.
"Saiu hoje uma nota do Conselho Nacional de Secretaria Municipais de Saúde (Conasems) mostrando os 57 principais produtos em dificuldade de produção. Temos o soro que ainda não tem produção suficiente, dipirona para crianças, ocitocinas para as gestantes, alguns medicamentos psicotrópicos ainda não temos, inúmeros outros insumos que a indústria ainda não conseguiu dar conta", disse Albuquerque.
Ela cita, por exemplo, que o município está adquirindo ambulâncias novas, mas a entrega deve atrasar por falta de um dos componentes eletrônicos.
"Os setores têm alguma relação com a Saúde direta ou indiretamente. A previsão é que só no próximo ano, por volta do meio do ano, a gente tenha um equilíbrio nessa produção. Agora com esse aumento da covid, se comprometer China e Índia, nós vamos ter mais dificuldade ainda. Devido à Covid, a previsão é que o mercado de produção demorasse três anos para corrigir o período que ficou parado. Hoje acho que pode levar mais tempo pois estão surgindo outros picos de covid", disse o presidente da FMS.
Em agosto deste ano, a FMS já havia alertado sobre a possibilidade de comprometimento de cirurgias eletivas nos hospitais de Teresina por falta de insumos e medicamentos.
Fonte: CidadeVerde
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