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Grávida de 17 anos é baleada em ação policial e perde parte do fígado

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Uma adolescente grávida de quatro meses foi baleada durante uma ação policial na comunidade de Manguinhos, na zona norte do Rio de Janeiro. Segundo a família, o disparo, que ainda não se sabe de quem partiu, passou a poucos centímetros do bebê. O caso aconteceu neste domingo (16) à tarde, quando a garota de 17 anos seguia para a casa da sogra, na companhia do marido.

Apesar de ter quadro de saúde estável, o pai da vítima conta que ela teve uma costela fraturada e que perdeu parte do fígado.

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, para tentar identificar de onde partiu o disparo. Imagens de câmeras de segurança serão analisadas.

"A Polícia Militar não pode parar na frente de uma favela e trocar tiro por trocar. Não estava tendo operação. Qual a vez que a polícia vai falar que errou? Nunca. Minha filha infelizmente só vai ser mais uma. O bebê está bem. Ela perdeu um pedaço do fígado e teve a costela fraturada. Acham que todo mundo que mora em favela são maus, lá dentro tem gente de bem", disse o pai dela, em conversa com a reportagem - ele não será identificado, por se tratar de uma menor ferida no incidente.

A fala do pai da adolescente veio após a Polícia Militar alegar que uma equipe do Batalhão de Ações com Cães estava em patrulhamento na Avenida dos Democráticos quando foi atacada por criminosos armados e revidou.

O companheiro da vítima estava com a adolescente no momento do disparo.

"Eu ouvi o tiro, a gente levou um susto e nisso ela sentou. Quando eu vi, ela já estava sangrando. Peguei ela no colo e levamos pra UPA [Unidade de Pronto Atendimento] de Manguinhos, no carro de um morador e depois ela veio aqui pro Miguel Couto. Na hora só pensei em tirar minha camisa pra fazer pressão no ferimento da barriga. Graças a Deus ela e o neném estão bem, isso que importa agora", afirmou o pai da criança.

Na quarta-feira (19), a família iria participar do chá-revelação do bebê da adolescente. Agora os parentes estarão na expectativa da alta médica.

"É uma situação muito delicada, sabe?. É o primeiro filho dela, estávamos todos aqui animados pro evento, ela estava todo feliz, tudo já tinha sido comprado e acontece isso. É muita violência na comunidade, ninguém aguenta mais. Graças a Deus ela está viva, o bebê também, mas ninguém suporta isso mais", desabafou uma tia da vítima.

 Fonte: CidadeVerde

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