A juíza Maria Zilnar, da 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri de Teresina, designou para o dia 23 de agosto, o julgamento pelo Tribunal do Júri do ex-soldado da PM do Maranhão, Francisco Ribeiro dos Santos Filho, que é acusado de matar o cabo Samuel Borges, de 30 anos, na frente do filho da vítima, em 2019.
O julgamento deveria ter ocorrido inicialmente em outubro de 2021, mas foi adiado a pedido da defesa do ex-policial. Depois foi designado para 30 de março e depois para 31 de maio deste ano.
Agora, em nova decisão do dia 13 de julho, a juíza Maria Zilnar designou o julgamento para ser realizado no dia 23 de agosto, às 8h30, no fórum de Teresina, pelo Tribunal Popular do Júri.
O crime
O crime aconteceu no dia 1º de fevereiro de 2019, quando o cabo da Polícia Militar do Piauí, Samuel de Sousa Borges, de 30 anos, estava indo deixar o filho em uma escola, quando se deparou com Francisco Ribeiro que estava em uma motocicleta sem placa e com duas armas.
Segundo investigação realizada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Samuel decidiu seguir o suspeito, e fez três abordagens. Em uma delas chegou a questionar se Francisco Ribeiro era policial, mas o homem afirmou que “não devia satisfação a Samuel”. Todas as abordagens foram filmadas pelo policial.
No cruzamento das ruas Cândido Ferraz com Verbenas, bairro Jóquei Clube, zona Leste, os dois homens tiveram uma discussão. Samuel chegou a pegar o celular e filmou toda a situação. Francisco então fez três disparos contra o policial, que não resistiu aos ferimentos e morreu no local. O filho da vítima foi socorrido por funcionários de uma escola próximo ao local da ocorrência.
"Ele filmou tudo, narrou tudo.... disse que estava fazendo a abordagem porque viu um cara em uma moto grande, sem placa e com o volume nas costas. Ele estava de folga, mas agiu como diz a lei, pois viu um sujeito que poderia ser um criminoso. O Samuel era um policial vocacionado, foi profissional até na morte. A filmagem mostra que Samuel não fez menção nenhuma de sacar a arma", disse o delegado Francisco Barêtta na ocasião das investigações.
Logo após o crime, Francisco Ribeiro foi preso e identificado como um soldado lotado no 11º Batalhão da PM de Timon, no Maranhão.
Durante as investigações, a polícia descobriu que a arma do policial maranhense também partiram os tiros que mataram outras três pessoas. Em dezembro de 2018, um duplo homicídio nas proximidades do parque Zoobotânico, e em agosto de 2018 uma outra pessoa também foi assassinada na praça do bairro Pedra Mole, também na zona Leste. Nos dois crimes, os tiros partiram da arma de Francisco Ribeiro dos Santos, que responde a três processos por homicídio na Justiça do Piauí.
Em maio de 2021, Francisco Ribeiro foi expulso dos quadros da Polícia Militar do Maranhão.
Fonte: CidadeVerde
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