Um levantamento divulgado pelo Centro de Operações Emergenciais (COE) da Fundação Municipal de Saúde (FMS) revela que Teresina atingiu uma estabilidade quanto ao número de óbitos causados por Covid-19. Além disso, os casos da doença na cidade diminuíram 33%.
Os dados são referentes à 29ª semana epidemiológica de 2022 (de 17 a 23 de julho) e foram divulgados pelo COE neste domingo (24). O comparativo com a semana anterior (28ª) mostrou que:
os atendimentos por síndrome gripal reduziram 28% (em queda há quatro semanas sucessivas);
os casos confirmados de COVID-19 diminuíram 33% - o que reforça que o pico de casos na capital foi atingido no dia 09 de julho;
a taxa de positividade de testes RT-PCR caiu pela metade (de 31% para 15%);
as internações por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) caíram pela primeira vez (17%), depois de um período de “estabilidade alta”;
a taxa de transmissão situou-se abaixo da unidade (R0 < 1,0) pela segunda semana consecutiva e atingiu o menor valor das últimas dez semanas (R0 = 0,7);
o número de óbitos por semana atingiu estabilidade, embora em patamar elevado (10 óbitos / semana).
Óbitos por Covid
Para o COE Municipal, a análise dos óbitos deve levar em consideração a temporalidade: as mortes por Covid geralmente ocorrem de duas a três semanas após a hospitalização.
Portanto, é esperado que o número de óbitos pela doença ainda permaneça elevado por algum tempo depois do pico de casos – sendo o indicador mais tardio a apontar piora ou melhora de cenário (o contrário do parâmetro síndrome gripal).
Casos
Apesar do cenário atual otimista na capital, o COE Municipal destaca que as internações por Covid costumam ser prolongadas e, portanto, ter caráter cumulativo. Isso quer dizer que as internações resultantes dos casos de uma semana se sobrepõem às internações decorrentes dos casos das semanas anteriores.
Assim, mesmo com a queda do número de casos, as taxas de ocupação de leitos de enfermaria e de UTI podem permanecer elevadas ainda por algumas semanas.
Internações
A situação de Teresina como polo assistencial de saúde traz mais uma particularidade a esse cenário. Segundo a Sesapi informou o COE municipal, está havendo uma interiorização da onda atual de COVID-19.
Entretanto, há uma tendência dos casos mais graves “migrarem” para a rede hospitalar assistencial da capital.
Portanto, ainda que Teresina já tenha enfrentado o seu pico de transmissão da doença, é provável que o sistema hospitalar da cidade ainda se mantenha pressionado nas próximas semanas – o que indica a manutenção dos cuidados referentes às medidas não farmacológicas de prevenção à doença e de todos os esforços para ampliação das coberturas vacinais.
Fonte: CidadeVerde
Comentários (0)
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião desta página, se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.
Comentar