Após mais de duas horas de reunião a portas fechadas, os motoristas e empresários chegaram a um acordo e colocaram um ponto final na greve nos transportes coletivos em Teresina que durou 22 dias.
"Estamos encerrando a greve hoje. Um grande passo que conseguimos dar. Foram três anos de sofrimento até a assinatura da convenção coletiva. Não era o que a gente queria, mas é um degrau de cada vez", destacou Antônio Cardoso sobre o fim da greve.
A desembargadora Liana Chaib avalia a reunião como positiva um grande passo para melhores condições de trabalho para os motoristas e cobradores de ônibus da capital piauiense.
"A assinatura da convenção coletiva foi o mais histórico neste momento. Porque eles tinham pedido a data base e ficaram sem nenhum instrumento. A partir de agora, eles têm um instrumento para garantir uma progressão na carreira deles", destacou a desembargadora.
O retorno dos ônibus é imediato, segundo Cardoso. "Agora que assinamos o acordo, já avisamos aos companheiros e vamos retornar as ruas".
O Sindicato das Empresas de Transporte Urbano (Setut) também assinou a convenção trabalhista dos motoristas e cobradores de ônibus do sistema. "Graças a Deus chegamos a um denominador comum, que era assinar e suspender a greve, que é bom para todo mundo, principalmente para a cidade", disse o empresário Edimilson Carvalho, presidente do Setut.
Matéria original
Representantes do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários (Sintetro) e do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano (Setut) estão reunidos na manhã desta terça-feira (12) para assinar acordo coletivo de trabalho que coloca fim à greve dos motoristas e cobradores do transporte coletivo de Teresina, que já dura 23 dias. O encontro acontece a portas fechadas, no gabinete da desembargadora Liana Chaib, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
A expectativa é que, imediatamente, após a assinatura a frota de ônibus volte a circular na totalidade na capital.
De acordo com o advogado do Sintetro, Francisco Marins Júnior, as principais demandas dos trabalhadores foram atendidas. “Não são os valores ideais, mas é um recomeço. Vamos recomeçar a reconstruir a volta dos benefícios”, disse o advogado.
Um dos pontos que estava impedindo o fechamento do acordo era uma cláusula que permitia que 20% dos ônibus pudessem rodar sem cobrador. No entanto, na nova rodada de negociações, o Sintetro conseguiu tirar essa cláusula da convenção coletiva e, com isso, os trabalhadores aceitaram a proposta do Setut.
“Eu acredito que nada possa atrapalhar [o fim da greve]. A convenção já foi revisada pelo jurídico do Sintetro e só está faltando mesmo a assinatura. Estamos aguardando o Setut para assinarmos e então por fim à greve”, frisou o advogado do Sintetro.
Reajuste salarial
Após várias reuniões, o Sintetro aprovou o aumento do salário do motorista de R$ 1.941 para R$ 2 mil. Pelo acordo, o vencimento do cobrador será de R$ 1.231 e dos fiscais R$ 1.325. Já o plano de saúde ficou de R$ 60 e o vale refeição de R$ 170.
“Com assinatura da convenção, a categoria volta imediatamente e não vai mais ganhar R$ 300 ou R$ 800 por mês, mas um salário fixo. Não é o salário que queríamos, mas é um avanço”, disse Cardoso.
Fonte: CidadeVerde
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