A desembargadora Liana Chaib, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), afirmou nesta segunda-feira (28) que está confiante em relação a um acordo entre o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) e o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários (Sintetro), após um encontro com o secretário municipal de Finanças, Robert Rios, para o fim da greve de ônibus que iniciou no dia 21 de março. O desembargador Manoel Edilson também participou das discussões.
Segunda a desembargadora, o secretário Robert Rios apresentou uma proposta, onde a prefeitura de Teresina continuaria repassando para o Setut o valor de R$ 1,2 milhão, onde parte iria para os trabalhadores, além da possibilidade de um aporte de um valor não informado, para o subsídio do diesel.
"Hoje tivemos um avanço importante, com a disponibilidade do secretário de Finanças de conversar e trouxe algumas propostas. Um acordo que talvez passe pela assinatura de uma convenção coletiva e um aceno do município para um repasse. Não tem ainda um valor, mas creio que teremos em breve uma solução. O secretário disse que vai fazer o aporte de R$ 1,2 milhão que já era repassado, mas com a greve houve a perspectiva de não se ter mais esse repasse. Agora o repasse vai ser mantido e vai ter a discussão para aportar mais um valor para o diesel", explicou.
Ela destacou que ainda é muito cedo para saber se isso vai ajudar a encerrar a greve, já que as reuniões ocorreram separadas e agora cada sindicato vai se reunir com os seus membros. Ela espera que com isso a greve seja encerrada e as negociações continuem.
"O Setut recebeu a proposta um pouco sem muita perspectiva, pois queria um aporte maior, mas aí estamos tentando mostrar essa negociação. Eles ainda vão levar isso para a categoria e estamos no aguardo de uma resposta", afirmou.
Já o Sintetro afirmou que até o momento o Setut não apresentou qualquer proposta e que só aceitaria um acordo, se for devidamente assinado, com participação do TRT.
"Hoje se falaram até em subsídio do diesel, mas dentro desses valores, o que seria repassado para a gente seria muito pouco. É uma situação difícil a nossa do trabalhador, e praticamente não se resolveria, mas vamos levar isso para a categoria para saber qual será o próximo passo, pois o que mais queríamos era que a situação fosse resolvida. O fim da greve ainda vai ter que ser discutido pela categoria", afirmou Antônio Cardoso, presidente do Sintetro.
O presidente ainda criticou o posicionamento da prefeitura na discussão. "Eu não sei se foi em tom de ameaça, mas disseram que se a greve continuar, não terá repasse. Nós trabalhamos em empresas privadas, mas a prefeitura tem culpa, porque prometeram de romper o contrato após várias irregularidades encontradas com o Setut, prometeram a situação de calamidade pública, prometeram municipalizar, mas tudo não passou de mentira, pois se fizessem iriam beneficiar a população. Já o Setut massacra os trabalhadores, pisa na gente o quanto eles podem. Sabemos que tem empresas que não tem esse pensamento, mas para alguns empresários, quanto pior, melhor", criticou.
Fonte: CidadeVerde
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