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Advogado é denunciado por dois estupros em Teresina;

Vítimas registraram BOs

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O advogado Jefferson Moura Costa, 45 anos, é apontado como autor do segundo estupro contra  mulheres em Teresina. No mesmo dia que a diarista prestou depoimento e denunciou o advogado por violência sexual, na tarde desta quinta-feira (15), outra vítima registrou boletim de ocorrência contra ele. O crime também é de estupro e ocorreu em dezembro de 2020. Durante o depoimento da segunda vítima, a delegada confirmou que a Justiça converteu o flagrante em prisão preventiva. 

"Ainda bem que o juiz foi sábio em transformar o flagrante em preventiva. É muita estupidez! foi um fato de relevância com relação ao requinte de perversidade, de querer manter uma mulher sob a mira da força do machismo", desabafa a delegada  Vilma Alves. 

A segunda vítima é proprietária de uma loja de produtos naturais. Os dois frequentavam a mesma igreja, mas só se conheciam "de vista". 

"Ele fez uma compra e disse para ela ir ao apartamento fazer a entrega e receber o pagamento. Ela foi com uma colega que ficou no carro. Ele pagou a compra e já foi abraçando ela com os dois braços e querendo beijá-la. Ela desviou, conseguiu escorregar e saiu correndo. Foi a salvação dela a porta estar aberta", explica a delegada Vilma Alves. 

A titular da Delegacia da Mulher disse que o depoimento das duas vítimas serão juntados no inquérito policial e acredita que o advogado tenha praticado violência contra mais mulheres. 

"Tínhamos a expectativa que teriam outras vítimas pela quantidade de camisinhas espalhadas no quarto, umas usadas, outras não. Pela forma e pelo comportamento, a gente sente. Fiquei surpresa que hoje à tarde outra vítima apareceu e, segundo ela, foi motivada pelo relato da outra, se sentiu também como vítima e veio para a delegacia. Estamos fazendo o BO, que é a primeira a notícia-crime prevista pela Código de Processo Penal", explica a delegada Vilma Alves. 

A delegada, que preside o inquérito, diz que a segunda vítima foi uma mulher de 26 anos.  Mesmo sem ter conjunção carnal, neste caso, o crime se caracteriza como estupro. 

"Ela não denunciou antes porque diz que ficou com muito medo e pavor. No Direito Penal se fala da intenção de fazer, a intenção já é o crime. Não fez porque ela foi muito rápida e saiu correndo", reitera a delegada. 

Matéria original

Quase 1 hora de depoimento com a diarista estuprada, a delegada Vilma Alves, titular da Delegacia da Mulher, fez um desabafo: “parem (com os estupros), está demais”, disse Vilma, destacando que a violência contra a diarista foi com “requinte de crueldade”. O advogado Jefferson Moura Costa, 45 anos, foi preso em flagrante suspeito de praticar a violência sexual. 

“Estou estarrecida. Toda mulher que é vítima de estupro para mim é um impacto. É uma violência que me atinge também. Esse é mais um caso de requinte de perversidade. É um fato acaba com a mulher”.

A vítima, uma diarista de 29 anos, casada, mãe de dois filhos pequenos, relatou na delegacia que o advogado a violentou, chegou a lhe ameaçar com uma faca. Bastante abalada, ela descreve o momento de terror e desespero que passou na mira do agressor. 
“Este estuprador, feriu todas as mulheres desse país, pela forma, pelo requinte, a tortura psicológica, o desespero da vítima. Ela queria pular da janela. Desespero muito grande”.

Durante o depoimento, a delegada se revoltou com a perversidade do estuprador e voltou a defender a castração química. 

“Qual a pena desse homem? Daqui uns dias ele vai está solto. Tem que ter é castração química, tem que ser violento. Ele não foi violento. Quer dizer que a mulher tem que ser vítima em tudo? Parem está demais”. 

 

Heroína

A vítima muito nervosa, a delegada garantiu que o crime não ficará impune e que ela foi uma heroína.

“Você foi uma heroína. Espero que esse monstro mofe na cadeia. Ela teve muita coragem, coragem pelos filhos, não se abateu mesmo enfrentando um medo terrível”, disse Vilma. 

A delegada destacou que estupro é crime hediondo e inafiançável.  

Ela também se revoltou com o argumento do estuprador que dizia durante o ato de violência que iria tirar o espírito da vítima.  
“Ele dizia toda hora que iria tirar o espirito dela, que todas são iguais, acabando com a mulher, dizendo que a mulher tem espirito ruim. Que absurdo é esse. Não vou dizer que é loucura. É uma tara”. 

Fonte: https://cidadeverde.com

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